Ao pensar a respeito da instalação do Centro de Pacificação Social em São João D’Aliança, inaugurado no dia 12 de novembro de 2010, muitas ideias vem à mente. Uma delas, a paz, permite uma relação com a frase de Jesus Cristo registrada no capitulo 5 do livro de Mateus. Jesus diz assim: “Bem aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”.
A função manifesta do Centro de Pacificação é fazer com que pequenas desavenças sejam resolvidas amigavelmente, por meio de acordo entre as partes, na própria comunidade, evitando assim que o caso chegue aos tribunais tornando-se um processo que provoca desgaste emocional e financeiro, além de sobrecarregar os magistrados desnecessariamente.
Esta função do Centro de Pacificação Social pode ser ampliada para incrementar o significado da atividade dos pacificadores. Considerando que, etimologicamente a palavra paz, do hebraico SHALOM, fazia referência à ideia de completude, de estabelecimento das coisas no devido lugar – grosso modo, guarda semelhança com a nossa ideia atual de estar “tudo bem “, pode-se considerar como pacificador qualquer pessoa que, almejando uma sociedade justa e igualitária, se engaje em prol da solução dos problemas da comunidade e de pessoas individualmente, pois não pode haver completude se uma parte da comunidade, o individuo, estiver em apuros, sofrendo privações e escassez dos bens indispensáveis a sobrevivência.
Na cultura judaica bíblica a palavra paz - Shalom - era usada como uma saudação que expressava bons desejos. Mas não como uma simples saudação habitual, como nosso “bom dia”. Shalom soava como benção vinda de Deus ou de filhos de Deus.
Como Presidente do Conselho da Comunidade de São João D’Aliança convido a população a conhecer o Centro de Pacificação Social.
*Roberto Pena – Bacharel e Licenciado em Sociologia pelo Centro Universitário Fundação Santo André – SP: Especialista em Antropologia Cultural e Estudos Teológicos pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Professor de Sociologia no C.E.F.B.R e C.E.P.L.T.
