segunda-feira, 30 de maio de 2011

O bullying e a educação

                    *Roberto Pena

Bullying é uma palavra inglesa originada de bully, que significa valentão, opressor, fanfarrão... Bullying, então poderia corresponder em português a valentia.  Na verdade é uma covardia praticada por pessoas salientes, prepotentes e arrogantes.
Uma das formas de bullying é o uso de apelidos e palavras desprezíveis que fazem referência a alguma característica da pessoa vitimada.

Aquele que pratica o bullying é um agressor e sua prática incomoda porque faz a vítima se sentir diminuída. Em princípio a vítima pede ao agressor que pare com sua atitude, depois adota outra estratégia, a de ignorar. Mas ao notar que todas as estratégias falham diante da impiedade do “valentão”, a vítima reage ou de forma agressiva também ou anulando-se, tornando-se uma pessoa apática, complexada e insegura.

O combate a esse ato tão maldoso é tarefa de todas as formas de educação: formal e não-formal. Mas é exatamente no campo da educação formal, a escola, onde mais o bullying encontra espaço, pois é lugar de ajuntamento de adolescentes e jovens.
Mas, por outro lado, o espaço escolar é privilegiado, porque conta hoje com fortíssimas ferramentas para combater a famigerada prática. Principalmente a Filosofia e o Ensino Religioso são ferramentas que possibilitam uma intervenção mais eficaz contra a prática do bullying. A Filosofia porque maneja com mais habilidade  as questões da ética, e o Ensino Religioso, embora não proponha a catequese de uma determinada religião, pode utilizar com mais autoridade princípios encontrados na Bíblia Sagrada que têm validade universal, haja vista que vivemos em um país que se considera  cristão.  Aceitando essa compreensão, vale destacar um trecho da Carta aos Efésios:
“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim a que for boa  para a edificação (...) e assim transmita graça aos que ouvem”. (Efésios 4:29)
                                                                         
Aqui vemos a Bíblia orientando as pessoas daquela comunidade de Éfeso a nunca usar palavras que causam constrangimento ao outro, mas apenas aquelas que ajudam na construção e no crescimento do próximo.
Ao obedecer essa orientação, certamente estaremos firmando uma atitude anti-bullying.

*Roberto Pena -  Graduado em Sociologia, especialista em Antropologia Cultural, Pedagogia Social e em Est. Teológicos, professor de sociologia no Colégio  Frederico Bernardes Rabelo.

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